27 de set. de 2015

93% DOS MÉDICOS DO AMAPÁ SÃO CUBANOS.



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20/09/2015
Hoje, aproximadamente 93% dos médicos no estado do Amapá são cubanos oriundos da cooperação com a OPAS/OMS. Ao todo, o estado recebeu 118 médicos cubanos pelo Programa Mais Médicos.

Macapá é a maior cidade e capital do estado do Amapá, no extremo norte do Brasil. Localizada às margens do rio Amazonas, a cidade é cortada pela linha do Equador. Um monumento chamado Marco Zero, a 5km do centro da cidade, delimita os hemisférios. Um estádio de futebol colado ao monumento tem o campo exatamente no meio da linha. Assim, um gol fica no Hemisfério Norte e o outro, no Hemisfério Sul. A cidade recebeu 50 médicos cubanos do Programa Mais Médicos. Um deles é Ernesto Garcia Peralta, que dá expediente na Unidade Básica de Saúde Novo Horizonte. O bairro que dá nome à unidade é o segundo mais populoso do município, e contava com mais de 24 mil habitantes em 2010.¹

Ernesto chegou a Macapá em novembro de 2013, e disse que havia uma demanda acumulada muito grande na região. Além dele, hoje há mais dois médicos cubanos e um médico brasileiro que formam as quatro equipes de saúde da família que atuam na unidade.

“Foi difícil no início, mas agora nós fazemos um planejamento que eu considero que é muito bom para o atendimento à população, cobrindo os principais programas de saúde do Brasil. Na segunda-feira de manhã fazemos atendimento a crianças e a puérperas, e à tarde fazemos consultas de hiperdia, que é o acompanhamento a pessoas que têm hipertensão arterial ou diabetes. Às terças fazemos visitas domiciliares com toda a equipe em diferentes zonas da comunidade, e à tarde voltamos a fazer consultas de hiperdia. Às quartas atendemos prioritariamente a idosos de manhã, e hiperdia à tarde. Às quintas pela manhã fazemos ações de saúde integral, campanhas de conscientização, palestras e rastreamento em temos específicos, que vão desde vários tipos de câncer, como mama, útero, próstata, a campanhas de vacinação, prevenção e tratamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis, entre outras. E às sextas pela manhã fazemos apenas consultas de pré-natal. Mas, além de fazer essas consultas, diariamente nós fazemos atendimento a demandas espontâneas: pessoas que chegam sentindo-se mal, uma urgência, seja o que for”, conta o médico.

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Além da rotina diária na unidade básica de saúde, Ernesto faz ainda um curso de especialização em Saúde da Família, que é parte das suas responsabilidades no Programa Mais Médicos. “Às sextas à tarde eu faço o curso de especialização com a Universidade Federal de Pelotas, online, onde já levo mais de um ano de estudos. É para melhorar e aprofundar nossos conhecimentos, e eu venho aprendendo muito com as aulas”, afirma. Quando chegou ao país, o médico já era especialista em Medicina Geral e Integral (o equivalente no Brasil à Medicina de Família e Comunidade) e contava com uma pós-graduação em Doenças Infecciosas no currículo.

Hoje, aproximadamente 93% dos médicos no estado do Amapá são cubanos oriundos da cooperação com a OPAS/OMS. Ao todo, o estado recebeu 118 médicos cubanos pelo Programa Mais Médicos.
Brasil quer mais “especialistas em gente” na atenção básica

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Com a atenção primária cada vez mais fortalecida no Sistema Único de Saúde (SUS), a demanda por médicos especialistas em Medicina Geral de Família e Comunidade (MGFC) está ainda maior. Por isso, o Programa Mais Médicos vem promovendo ações para aumentar o número de profissionais com essa especialidade no Brasil.

No último dia 19 de agosto, o ministro da Saúde, Arthur Chioro, anunciou o Plano Nacional de Formação de Preceptores, medida que integra o Mais Médicos e tem o objetivo de aumentar o número de profissionais capacitados para atender os programas de residência em MGFC. A expectativa é formar mais 10 mil preceptores até 2018, chegando a 14,2 mil profissionais.

A universalização da residência médica faz parte das ações do Mais Médicos, que estabeleceu, até 2018, a meta de uma vaga de residência para cada médico formado. Mas o programa não para por aí. A Medicina Geral de Família e Comunidade, além de integrar a relação de especialidades de acesso direto, também passa a ser pré-requisito para todas aquelas especialidades que não são de acesso direto. Assim, caso o médico queira fazer residência em ortopedia ou anestesiologia, por exemplo, terá que cursar um ou dois anos de residência em MGFC, conforme a especialidade em questão. Com essas medidas, o sistema educacional formará mais médicos de família e comunidade e levará os demais especialistas a ter essa referência em sua formação.²

Série Mais Médicos – Vídeo

A OPAS/OMS no Brasil estruturou uma série de reportagens sobre o Programa de Cooperação Técnica Mais Médicos. A cada edição, será apresentado um vídeo mostrando a experiência do programa em alguma região do país.

O objetivo dos vídeos é refletir, em linhas gerais, o andamento da cooperação, desde a chegada dos médicos cubanos, o processo de formação, a integração com outros profissionais, a percepção da população, os resultados obtidos, os avanços, os processos de inovação e a troca de experiências.
Neste vigésimo primeiro episódio, Macapá – AP, o vídeo mostra a análise dos gestores locais, do médico cubano em exercício, a visão da enfermeira que integra a equipe, a opinião do assessor da OPAS no estado e a opinião de uma paciente.

                                                                                                                                                               
A Unidade Básica de Saúde Novo Horizonte (CNES 2022044)³, conta com quatro equipes de saúde da família e 75 funcionários, entre médicos, administrativos e profissionais de saúde. Presta atendimento ambulatorial e demanda espontânea, além de realizar visitas domiciliares. Funciona de segunda a sexta.

O Programa Mais Médicos

O Mais Médicos é um Programa de saúde lançado em 08 de julho de 2013 pelo Governo Federal, cujo objetivo é suprir a carência de médicos nos municípios do interior e nas periferias das grandes cidades do Brasil.

Médicos brasileiros tiveram prioridade em preencher as vagas do programa. As vagas remanescentes foram oferecidas primeiramente a brasileiros formados em universidades no exterior e em seguida a médicos estrangeiros, que trabalham sob uma autorização temporária para praticar Medicina, limitada à provisão de atenção básica de saúde e restrita às regiões onde serão direcionados pelo Programa.

A OPAS/OMS no Brasil e o Ministério de Saúde assinaram um Termo de Cooperação para colaborar na expansão do acesso da população brasileira à atenção básica de saúde. O termo inclui diversas linhas de ação, desde documentar, disseminar informação a prover aconselhamento técnico e apoio à capacitação e treinamento continuado aos médicos selecionados, seguindo as recomendações do Código Global de Práticas em Recrutamento Internacional de Pessoal de Saúde da OMS. A OPAS/OMS também assinou um Acordo de Cooperação de natureza similar com o Ministério de Saúde Pública de Cuba.

Os médicos cubanos trabalham nos municípios que não foram selecionados por nenhum médico (brasileiros ou estrangeiros) nas primeiras rodadas de recrutamento. A maioria destes municípios tem 20% ou mais da população vivendo em extrema pobreza, e a maior parte deles está nas regiões Norte e Nordeste do país. Todos os médicos fazem um treinamento de 3 semanas de duração, uma semana de acolhimento nos estados aos quais serão destinados e um módulo de avaliação.
 

Por Saúde Popular
                                                                   VENCEMOS !!! VENCEREMOS !!!

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